Acreditamos que a prevenção da violência começa com a evolução da consciência social:
com a transformação do olhar e atitudes de indivíduos, grupos, instituições e políticas públicas que atuem na causa do problema, e não apenas nas consequências visíveis.
Para compreender o conceito e a metodologia do TEAR é fundamental entender a força da construção de uma narrativa.
é patrocinado pelo Departamento de Estado dos EUA em parceria com Universidade de Tennesse e o Centre for Sport, Peace and Society através da Rede Global Sport Mentoring.
E com apoio insitucional do Consulado Americano.
O projeto foi elaborado e será executado por Diana Bonar, especialista em Gestão de Conflitos e fundadora da PeaceFlow e Aline Silva, especialista em abordagens de gênero, atleta olímpica e fundadora do Mempodera.
O TEAR é direcionado para qualquer pessoa que se propõe a questionar narrativas que geram violência. A primeira versão do TEAR será exclusiva para educadores esportivos, educadores sociais e professores/as de escolas indicados por organizações parceiras.
Compreendemos que este público lida direto com jovens que estão em fase de formar sua opinião e identidade, e por isso, podem ser uma ponte de conhecimento e influência para um público maior de pessoas.
A forma como nós olhamos para o mundo e para as relações, as crenças que temos sobre determinados grupos da sociedade determina o que é considerado legítimo em relação ao trato com tal grupo. Esta versão do TEAR irá abordar as narrativas construídas sobre o papel social do gênero feminino que permitem que a violência contra mulher aconteça.
Os índices de violência contra mulher no Brasil são assustadores
de acordo com o 13 Anuário de Segurança Pública, produzido pelo Fórum brasileiro de Segurança Pública. 2019.
é cometido contra mulheres.
das vítimas tinham até 13 anos.
das vitimas notificam as autoridades.
possuem vínculo com o abusador.
TRANSPOR
Transpor preconceitos enraizados que são repetidos de forma inconsciente e que reforçam a cultura de opressão contra a mulher. Só é possível transpor algo que sabemos que existe. Em primeira instância o TEAR revela a construção das narrativas opressoras e revela como elas se manifestam em nosso cotidiano.
EMPATIZAR
Em um segundo momento o TEAR cria espaço para empatizar com a dor que este tipo de consciência pode trazer.
Uma vez que ressignificamos o nosso entendimento sobre determinadas atitudes, o que antes era percebido como natural, passa a ser percebido como violento e opressor. Tanto para o perpetrador da violência, quanto para a vítima da mesma.
Sentimentos de raiva, indignação, culpa, vergonha, impotência e confusão podem surgir nesta etapa. Neste módulo a abordagem da Comunicação Não Violenta será utilizada com dois propósitos: Propiciar ao grupo um momento de acolhimento, autocompaixão, escuta empática; e desenvolver competências para estar em diálogos desafiadores sobre o tema. O TEAR visa criar pontes que contribuam com a desconstrução das perspectivas que favorecem opressões sociais, buscando aproximar diálogos através da empatia.
AGIR E RESSIGNIFICAR
O objetivo do TEAR não é apenas desconstruir e acolher, mas principalmente AGIR E RESSIGNIFICAR Ou seja, o treinamento irá inspirar, motivar e criar espaço para que os participantes do treinamento possam ressignificar o seu olhar, a sua narrativa, sobre os próprios preconceitos e viéses inconscientes.
Em primeira instância, trazendo como resultado a autovigilância, o aumento do senso crítico e da capacidade empática. Para que por fim, possam agir de forma consciente em suas esferas de atuação de forma a inspirar uma nova narrativa de gênero que fortaleça a equidade e o respeito.
Formato:
O TEAR se desenvolve em forma de treinamento com carga horária de 16h. Ele é composto por uma aula inaugural e outros 8 encontros de 2h.
Entre uma aula e outra o grupo é estimulado com exercícios práticos para aplicarem na realidade e possuem apoio via grupo do
Whatsapp ao longo de toda jornada.
Cada integrante recebe uma apostila com indicações de artigos e vídeos para aprofundamento no tema.
Avaliação de Impacto
Ao final do curso os participantes respondem à um questionário de auto avaliação que mensura mudanças na forma de pensar,
agir e de se relacionar. Acesse abaixo o resultado da avaliação de impacto.
Como fazer parte:
Se você é uma Empresa, Organização ou Agência do Governo você pode adquirir o TEAR para ser desenvolvido com o seu público alvo. A partir de uma reunião inicial podemos adaptar o formato do curso.
O TEAR costuma ser adquirido por:
Prefeituras que desenvolvem ações para prevenção da violência.Organizações que querem capacitar seus/suas colaboradoras em diversidade e inclusão de gênero.
Agências do Governo que querem capacitar replicadores do conteúdo do TEAR para terem um alcance mais amplo.
Caso a sua Organização/Empresa tenha interesse em adquirir ou patrocinar o projeto entre em contato com a gente.
Estamos planejando uma versão do TEAR aberto ao público.
Facilitadoras
Aline Silva
Aline Silva é Atleta Olímpica de Wrestling participou da Rio 2016 e já está classificada para Tokyo 2021, única medalhista em mundiais do Brasil na modalidade, fundadora do Mempodera, projeto social de que oferece Wrestling e inglês para jovens de escolas públicas com objetivo de promover o empoderamento através do esporte e a igualdade de gênero.
Membro do GSMP, Global Sports mentoring Program que visa o empoderamento feminino através do esporte ao redor do mundo. Recebeu o Título de mulher do ano da United World Wrestling pelo trabalho realizado com Wrestling feminino no Brasil. É palestrante sobre a desconstrução da cultura do estupro, e do esporte como ferramenta de empoderamento.
Diana Bonar
Diana Bonar é Fundadora da Peaceflow e especialista em transformação de conflitos com mais de 10 anos de experiência. Facilitadora de treinamentos e processos usando a CNV desde 2010. Embaixadora do Institute for Economics and Peace, memb, Peace Fellow do Rotary International, membro do GSMP, uma rede Global de Empoderamento de Mulheres através do esporte. Treinadora e Consultora para o Facebook, a Defensoria Pública, os Médicos Sem Fronteiras, London Ambulance Service, Polícia Civil, Tribunal Regional do Trabalho, Great Place to Work e inúmeras outras instituições. Ela é professora da Casa do
Saber, do Instituto New Law, do Gera Social e do Global Sport Mentoring Program e foi convidada para uma conferênca em parceria com a ONU para falar sobre o impacto do contexto de pandemia na vida das mulheres.
“Bom seria que o TEAR chegasse a mais pessoas. É extremamente importante
que diálogos com essa proposta sejam integrados nos mais diversos espaços que
convivemos. Para mudar uma mentalidade é preciso instigá-la ao pensamento
reflexivo.”
José Almeida Barros
Pedagogo e Terapeuta Holístico -Coordenador Pedagógico da OSC Projeto Alegria da Criança em Caucaia/CE
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